sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

tempo à quinta

O tempo esse já me perdeu e perdi-me eu nele. O tempo deixou-me indefeso e confuso obrigando-me a fazer as escolhas da minha vida sem eu controlar o que queria. Surgiu assim, quando estava tudo tão bem, a vida era perfeita ou eu achava que era ou queria acreditar que era. Mas as tentações surgem nas horas mais fracas e ganham uma dimensão gigantesca, a primeira não faria mal aliás era mais antiga, a segunda seria passageira agora a terceira, não sei se associado ao numero 3 e fosse de vez, arrebatou tudo o que tinha, desarmou-me mas resisti e consegui superar. Aí tudo melhorava. Mas o tempo começou a arrastar-se, dia após dia, custava mais, discutiamos mais e o "nós" foi-se desconfigurando e aí apareceu o fogo de uma paixão intensa que se deixara apagar num passado, surgiu e foi como que um café e um cigarro que satisfazem à medida que se juntam. O coração acelerou, o tempo agitado passava, tudo se re-fazia. Mas o tempo esse mesmo também nos castigou, deixou que isso fosse embora. Deixou ires assim, deixou perder-me assim, deixou-me sozinho assim...

segunda-feira, 23 de abril de 2012

R!

Tudo cresce assim, tudo avança como se nada fosse, tudo é imprevisível e nada se controla. O impulso deu-se a vontade da ânsia insasiavel chegou e para a satisfazer fui, fui fui e fui! Não houve coordenação só cansaço e uma pequena chama de felicidade que de forte ou simplesmente não sendo forte já não iria acender mais foi e ao mesmo tempo que ia tudo acelerou tudo parou tudo foi tudo e ao mesmo tempo nada, angustiava a cada momento que sentia o passo que dava, que o fazia mover e seguir. Aproximava-se do abismo, da felicidade?, do fim?, ou do começo? aproximava-se do passado que era isso mesmo só passado mas a memória fazia-o voltar como se tudo quisesses estar lá mas não estando, cresceu assim, veio assim, foi assim!!!! Tudo dava uma volta e entrou, parece que não tinha o mesmo brilho, o mesmo sabor e a ânsia aumentou, a desilusão foi tal que no seguinte pós anterior sentiu nada, rigorosamente nada! apenas um vazio desejoso de se preencher, foi assim e entre mais um golo e um bafo chegou um sorriso desprevenido e abaixo das suas expectativas, a voz, o seu calor chegaram, olhou então, ouviu sentiu o mundo a encher-se não de ânsia mas de outra coisa qualquer que não era boa nem má, era uma coisa normal. normal pensava ele? não poderia ser, não podia, o mundo nunca me dera nada normal, agora?, agora?, viria a dar? aceitou aceitou e nisto foi, foi e foi afundou-se neste abismo que sente a ruptura quando lá no fundo apareces e revistas o meu ser sem uma palavra dizeres e assim me deixas indefeso e sem nada a dizer, nada a acrescentar. Outra vez? por favor não.

sábado, 10 de março de 2012

Duas pequenas almas
Estavam em grupos de oito
Num reboliço que trazia o inesperado
e como que duas mãos que batem palmas
juntamos-nos no que seria inacabado

Começou assim,
numa cronologia que seguiria para a vida
fomos dando ao poucos o que tínhamos
crescemos no fim
e chegamos a este ponto de partida
no culminar de uma fantasia
que no nosso parecer viveríamos

Partilhamos tudo o que havia
Conheceste-me melhor que ninguém
E nesta fantasia
passamos do que éramos para o que somos
e que tenho a certeza que para sempre juntos
será o nosso maior bem.

sábado, 3 de março de 2012

Foi, É e Será

Entrou depois da impulsiva força que o tinha dominado antes, esta força com mais força e mais força foi saindo. Foi saindo num tempo tão remoto, confuso e de dificil recordação em que num instante estava no outro já tinha ido, não voltava mais. Ergueu-se assim, como quem se levanta de uma noite adormecido num sonho que não quer acordar, sentiu a água a escorrer, o mundo a seguir e ele ali. Deixou-se estar, ouviu a voz de uma despedida. Despedida? talvez temporária pensou ele, achando que fosse tudo se encontrar como se uma força mais forte que o resto ditasse ou lhe dissesse o que ia acontecer. Então nestas misturas, neste desarmento, recompôs-se achando que tudo parecia dado por terminado. Foi como que um perdedor e seguiu o seu caminho. Caminho este que sufocava, angustiava e o entalava à medida que mais um passo dava. Entrou e viu algo diferente, algo motivador. Agarrou nisso, pôs na sua mala e seguiu em frente sem medo. Achava que fugia de algo, ia rápido, sentia tudo num turbilhão acelarado e mais confuso. Foi, chegou, largou tudo e deixou-se influenciar pela atmosfera, pelo sentimento recordado que o sufocava em momentos antes, nesse momento aceitou e foi. Ao ir estranhou, duvidou e isolou-se. Mas daí cresceu, pegou na sua mala e foi, lutou, impôs-se e em tudo aproveitou.E foi guardando, pedaços que a memória trazia com os que estava a criar, e aí nesse culminar de memória e sentimento, encontrou a felicidade.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

DQ

Um sinal? não sei bem. Já não sei identificar nada, desidentifiquei-me de tudo o que poderia ser ou do que queria ser. Cheguei a este ponto ao fim de tempos noutro mundo, noutra dimensão e onde não haviam problemas e em que tudo por mais rápido que passasse marcava tanto que parecia ter sido tanto tempo. Hoje revi tudo, tudo o que queria alcançar, abraçar, sonhar e atingir. Lembro-me de sonhar e de imaginar como seria tudo e onde chegaria. Por vezes esqueço-me que existia essa força em mim, que conseguia ver tudo de outra forma e que admirava tudo o que me rodeava. Gostava de não ter pegado em ti e não reviver tudo como se fosses uma máquina do tempo, juro que gostava de a ter. Sentia o mundo diferente, a vida diferente, era o que mais queria. Davas-me força como mais ninguém, chamavas-me com a tua voz que me chamava e me incendiava. Dizias que não te importavas com resto.Ensinavas-me a ser outro a descobrir uma parte que me esqueci de alimentar. Eras tudo aquilo que agora parece fazer mais sentido que nunca, queria estar naquela fase que é só o oposto de onde estou agora. Ouvir-te custou, custou muito, fez-me voar e regressar a um tempo que para mim estava mais que escondido e guardado. Afinal não, julgava-te passado dos mais dificeis de me lembrar. Julgava que estava fechado a sete chaves. Afinal tudo estava mais perto da realidade do que pensava. Trouxeste-me a nostalgia de um passado muito bom, rico em sonhos e em vida. Será que perdi isso? perdi a vontade de sonhar? de acreditar?Limitei-me a viver com o tempo e a deixar que este coordenasse a minha vida? Talvez o que outrora dissera que nunca iria acontecer, acabou por acabar com o que pensava que nunca iria sair do meu ser. Encontrei-te hoje, abri-te e percebi que a partir de hoje vais estar comigo, nem que para isso tenha de te ter todos os dias para me lembrar que sonhar é bom e que fogo somos nós.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Força

Era uma força que entrava, fixava-se e não queria sair. A principio era boa, era feliz, era algo que qualquer um quereria ficar por uns bons tempos. Dava energia, felicidade e conseguia mostrar tudo de forma diferente, tudo mais colorido. Ela ia entrando, ia-se instalando sem pedir para o fazer e cada vez mais ia criando mais dependência, mais, mais e mais. Cada vez era mais viciante , cada vez era mais sua, cada vez se penetrava mais. Assim tornou-se má, vingou-se, deu mais de si e deixou um vazio. Deixou uma incompreensão e uma não adaptação a esta nova realidade, a esta nova dependência. Mudou no momento em que começou a surgir, a perspectiva mudou. Assim não lidou com isso, era demasiada coisa, demasiado peso e mudanças para suportar. Precisava de tempo. Não havia tempo. Sem tempo não houve resposta. Sem uma resposta, a incerteza chegou, e ao chegar levou o que de bom havia e assim acabou. A força saiu e nunca mais voltou.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

(Des)senti-te

Gostava de dizer-te tudo aquilo que sinto, tudo aquilo que vem à alma quando me tocas e falas, tudo aquilo que só tu me fazes sentir. Mas não, não vou fazê-lo, não vou continuar a insistir numa coisa que no inicio já tem um toque de fim. O fim começou logo, começou num inicio tão breve que nem tu te apercebes-te. Mas a verdade é que a tua última atitude tinha um toque de força, uma esperança de algo continuo e trazia algo suplementar, e me fez seguir com ela. Segui então, sem medo. E o que aconteceu? Voltou a ser igual, voltei a ver a mesma atitude que outrora me levara a pôr um fim. Por isso não venhas, não venhas mais, afasta-te. Fica no teu mundo e aproveita-o como bem ententeres, eu não quero saber. Eras algo que foi construído com tempo, semelhanças, carinho, felicidade e apoio. Tornaste-te no pilar que me sustentava e que me sentia bem. Era contigo que tudo fazia sentido, que tudo parecia mais leve e onde tudo não era um problema. Aproxima-mos demasiado, chegámos a um ponto em que era demasiada a dependência. E aí desligámos tudo, desligámos aquilo que tinhamos construído. E o nós morreu. Depois tentei ligar outra vez, ligar um passado que por si só já estava predestinado a desligar-se, corri tudo, fiz tudo, para voltar a ter o que era a minha base. Nada disso foi eficaz, nada disso foi solução e tu quiseste estar desligada. Assim respeitei-te e segui em frente, estou bem agora, sigo em frente agora, não olho para ti da mesma forma porque para mim já não és igual, és algo que passou e não deixou marca, desapareceste e o tempo levou-te tão rápido que eu nem senti mais, dessenti-te e morres-te para sempre em mim.