segunda-feira, 23 de abril de 2012

R!

Tudo cresce assim, tudo avança como se nada fosse, tudo é imprevisível e nada se controla. O impulso deu-se a vontade da ânsia insasiavel chegou e para a satisfazer fui, fui fui e fui! Não houve coordenação só cansaço e uma pequena chama de felicidade que de forte ou simplesmente não sendo forte já não iria acender mais foi e ao mesmo tempo que ia tudo acelerou tudo parou tudo foi tudo e ao mesmo tempo nada, angustiava a cada momento que sentia o passo que dava, que o fazia mover e seguir. Aproximava-se do abismo, da felicidade?, do fim?, ou do começo? aproximava-se do passado que era isso mesmo só passado mas a memória fazia-o voltar como se tudo quisesses estar lá mas não estando, cresceu assim, veio assim, foi assim!!!! Tudo dava uma volta e entrou, parece que não tinha o mesmo brilho, o mesmo sabor e a ânsia aumentou, a desilusão foi tal que no seguinte pós anterior sentiu nada, rigorosamente nada! apenas um vazio desejoso de se preencher, foi assim e entre mais um golo e um bafo chegou um sorriso desprevenido e abaixo das suas expectativas, a voz, o seu calor chegaram, olhou então, ouviu sentiu o mundo a encher-se não de ânsia mas de outra coisa qualquer que não era boa nem má, era uma coisa normal. normal pensava ele? não poderia ser, não podia, o mundo nunca me dera nada normal, agora?, agora?, viria a dar? aceitou aceitou e nisto foi, foi e foi afundou-se neste abismo que sente a ruptura quando lá no fundo apareces e revistas o meu ser sem uma palavra dizeres e assim me deixas indefeso e sem nada a dizer, nada a acrescentar. Outra vez? por favor não.

sábado, 10 de março de 2012

Duas pequenas almas
Estavam em grupos de oito
Num reboliço que trazia o inesperado
e como que duas mãos que batem palmas
juntamos-nos no que seria inacabado

Começou assim,
numa cronologia que seguiria para a vida
fomos dando ao poucos o que tínhamos
crescemos no fim
e chegamos a este ponto de partida
no culminar de uma fantasia
que no nosso parecer viveríamos

Partilhamos tudo o que havia
Conheceste-me melhor que ninguém
E nesta fantasia
passamos do que éramos para o que somos
e que tenho a certeza que para sempre juntos
será o nosso maior bem.

sábado, 3 de março de 2012

Foi, É e Será

Entrou depois da impulsiva força que o tinha dominado antes, esta força com mais força e mais força foi saindo. Foi saindo num tempo tão remoto, confuso e de dificil recordação em que num instante estava no outro já tinha ido, não voltava mais. Ergueu-se assim, como quem se levanta de uma noite adormecido num sonho que não quer acordar, sentiu a água a escorrer, o mundo a seguir e ele ali. Deixou-se estar, ouviu a voz de uma despedida. Despedida? talvez temporária pensou ele, achando que fosse tudo se encontrar como se uma força mais forte que o resto ditasse ou lhe dissesse o que ia acontecer. Então nestas misturas, neste desarmento, recompôs-se achando que tudo parecia dado por terminado. Foi como que um perdedor e seguiu o seu caminho. Caminho este que sufocava, angustiava e o entalava à medida que mais um passo dava. Entrou e viu algo diferente, algo motivador. Agarrou nisso, pôs na sua mala e seguiu em frente sem medo. Achava que fugia de algo, ia rápido, sentia tudo num turbilhão acelarado e mais confuso. Foi, chegou, largou tudo e deixou-se influenciar pela atmosfera, pelo sentimento recordado que o sufocava em momentos antes, nesse momento aceitou e foi. Ao ir estranhou, duvidou e isolou-se. Mas daí cresceu, pegou na sua mala e foi, lutou, impôs-se e em tudo aproveitou.E foi guardando, pedaços que a memória trazia com os que estava a criar, e aí nesse culminar de memória e sentimento, encontrou a felicidade.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

DQ

Um sinal? não sei bem. Já não sei identificar nada, desidentifiquei-me de tudo o que poderia ser ou do que queria ser. Cheguei a este ponto ao fim de tempos noutro mundo, noutra dimensão e onde não haviam problemas e em que tudo por mais rápido que passasse marcava tanto que parecia ter sido tanto tempo. Hoje revi tudo, tudo o que queria alcançar, abraçar, sonhar e atingir. Lembro-me de sonhar e de imaginar como seria tudo e onde chegaria. Por vezes esqueço-me que existia essa força em mim, que conseguia ver tudo de outra forma e que admirava tudo o que me rodeava. Gostava de não ter pegado em ti e não reviver tudo como se fosses uma máquina do tempo, juro que gostava de a ter. Sentia o mundo diferente, a vida diferente, era o que mais queria. Davas-me força como mais ninguém, chamavas-me com a tua voz que me chamava e me incendiava. Dizias que não te importavas com resto.Ensinavas-me a ser outro a descobrir uma parte que me esqueci de alimentar. Eras tudo aquilo que agora parece fazer mais sentido que nunca, queria estar naquela fase que é só o oposto de onde estou agora. Ouvir-te custou, custou muito, fez-me voar e regressar a um tempo que para mim estava mais que escondido e guardado. Afinal não, julgava-te passado dos mais dificeis de me lembrar. Julgava que estava fechado a sete chaves. Afinal tudo estava mais perto da realidade do que pensava. Trouxeste-me a nostalgia de um passado muito bom, rico em sonhos e em vida. Será que perdi isso? perdi a vontade de sonhar? de acreditar?Limitei-me a viver com o tempo e a deixar que este coordenasse a minha vida? Talvez o que outrora dissera que nunca iria acontecer, acabou por acabar com o que pensava que nunca iria sair do meu ser. Encontrei-te hoje, abri-te e percebi que a partir de hoje vais estar comigo, nem que para isso tenha de te ter todos os dias para me lembrar que sonhar é bom e que fogo somos nós.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Força

Era uma força que entrava, fixava-se e não queria sair. A principio era boa, era feliz, era algo que qualquer um quereria ficar por uns bons tempos. Dava energia, felicidade e conseguia mostrar tudo de forma diferente, tudo mais colorido. Ela ia entrando, ia-se instalando sem pedir para o fazer e cada vez mais ia criando mais dependência, mais, mais e mais. Cada vez era mais viciante , cada vez era mais sua, cada vez se penetrava mais. Assim tornou-se má, vingou-se, deu mais de si e deixou um vazio. Deixou uma incompreensão e uma não adaptação a esta nova realidade, a esta nova dependência. Mudou no momento em que começou a surgir, a perspectiva mudou. Assim não lidou com isso, era demasiada coisa, demasiado peso e mudanças para suportar. Precisava de tempo. Não havia tempo. Sem tempo não houve resposta. Sem uma resposta, a incerteza chegou, e ao chegar levou o que de bom havia e assim acabou. A força saiu e nunca mais voltou.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

(Des)senti-te

Gostava de dizer-te tudo aquilo que sinto, tudo aquilo que vem à alma quando me tocas e falas, tudo aquilo que só tu me fazes sentir. Mas não, não vou fazê-lo, não vou continuar a insistir numa coisa que no inicio já tem um toque de fim. O fim começou logo, começou num inicio tão breve que nem tu te apercebes-te. Mas a verdade é que a tua última atitude tinha um toque de força, uma esperança de algo continuo e trazia algo suplementar, e me fez seguir com ela. Segui então, sem medo. E o que aconteceu? Voltou a ser igual, voltei a ver a mesma atitude que outrora me levara a pôr um fim. Por isso não venhas, não venhas mais, afasta-te. Fica no teu mundo e aproveita-o como bem ententeres, eu não quero saber. Eras algo que foi construído com tempo, semelhanças, carinho, felicidade e apoio. Tornaste-te no pilar que me sustentava e que me sentia bem. Era contigo que tudo fazia sentido, que tudo parecia mais leve e onde tudo não era um problema. Aproxima-mos demasiado, chegámos a um ponto em que era demasiada a dependência. E aí desligámos tudo, desligámos aquilo que tinhamos construído. E o nós morreu. Depois tentei ligar outra vez, ligar um passado que por si só já estava predestinado a desligar-se, corri tudo, fiz tudo, para voltar a ter o que era a minha base. Nada disso foi eficaz, nada disso foi solução e tu quiseste estar desligada. Assim respeitei-te e segui em frente, estou bem agora, sigo em frente agora, não olho para ti da mesma forma porque para mim já não és igual, és algo que passou e não deixou marca, desapareceste e o tempo levou-te tão rápido que eu nem senti mais, dessenti-te e morres-te para sempre em mim.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A luz tocava a sua pele, um leve calor acariciava a sua cara, aliviava o peso que o seu rosto não queria transmitir. Sim, ele tinha muito em cima de si, tinha mais do que podia suportar e sequer sentir. Mas assim continuou com revolta embebida em sofrimento, ignorou por completo tudo o que lhe fora dito e engoliu o último comprimido que o poderia acalmar. Este era o último prometeu ele, queria mudar, queria levantar-se, erguer-se perante o mundo e derrubar as muralhas que o impediam. À medida que se ia mentalizando desta força que o incidia, apercebeu-se que esta não era mais que o sol que o aquecia. Assim foi, assim conseguiu e assim se levantou para nunca mais voltar aquele peso que julgara ser permanente.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Ida ao futuro, que trouxe passado.

Um turbilhão de emoções chegou, arrebatou o meu ser por completo. Fez-me rever, pensar, sentir, querer agarrar uma coisa invisível que nunca mais vai chegar, chorar, felicidade, vontade de ir e conquistar algo novo e poder dizer que sim é meu e me fez tão feliz como antes, quis até saltar e gritar a emoção, cantá-la talvez e até pintá-la num muro em que visse todos os dias a possibilidade de voltar a sentir como antes e amar como antes, ter a inocência de antes e acreditar que poderia agir como antes, nada disso é possivel, nada disso é compativel com tudo o que passei com as vivências que tive e ainda mais, que vou ter.
Hoje fui ao futuro, fui ao sitio onde vou acabar este crescimento e tornar-me no homem que espero ser e desempenhar o meu papel e que vai mudar a minha vida. Via neste sitio que me era tão familiar mas ao mesmo tempo tão diferente e compatível a essência do meu futuro e da forma como iria enfrentar a vida. Tudo indicava para ir viver um momento transformante e inesquécivel, assim o local o permitia, estava com a confiança de ir encontrar aquela chama que neste frio que estou eu, me aqueceria por uns tempos e me faria querer continuar como um invencível e avançasse sem medo da chuva, do frio, de tudo que o pudesse apagar, assim fui. Continuei e vivi esse momento, até que o primeiro passado apareceu, arrebatou-me mais que tudo, apagou a chama que tinha. Não sei se foi o teu abraço frio ou simplesmente os teus olhos molhados, apagaram a chama que tinha. Olhei para ti e revi a nossa amizade antiga e emocionante que era à 4 anos atrás, essa sim era uma chama mais forte que nunca iria apagar e que tinha promessas de nunca ter um fim, não era um mero cigarro a queimar, era mais como que uma lava que à medida que passa destrói o que havia e constroi uma nova matéria. Nós eramos essa materia, tão sólida, tão diferente do resto e uniforme como a rocha. Lembro-me bem desses momentos em que criámos a rocha que éramos, pura inocência, pura amizade, pura perfeição. Ver-te fez-me lembrar tudo isso, fez-me sentir e preencher a presença que a tua falta me fazia, fez-me querer abraçar-te e dizer-te o quão te adoro e o quão gostava que estivesses aqui como dantes, vi o teu sucesso e vi o quão bem te tinhas
saído nestes anos, pensei então e eu? será que atingi algo de que me possa orgulhar? talvez sónia, talvez. Espero que tenhas sentido o mesmo, porque depois de hoje tive a certeza que não vou deixar passarem mais anos, mais tempo, basta desta inutil vida sem lutar pelo que quero, basta desta monotonia sufocante e insassiável. Quero o diferente, quero o passado e o presente, quero tudo junto para construir o futuro.
Então com esta prespectiva fui, passei do passado, para o Presente. Voltei aqueles que hoje ocupam talvez o maior lugar que agora tenho e que absorvem talvez, o que acham pouco, o meu amor, a minha amizade. Deu-me um impulso de lhes abraçar, de os sentir comigo, porque ao voltar vontade, senti a carência de quem volta de um tempo tão bom para um presente meramente igual, precisava da prova, de um abraço de força e de certeza para me sentir bem, sentir que afinal estava bem. Dei-vos esse abraço e fui correspondido à vossa medida, porque somos diferentes mas eu sei que me apoiam sem qualquer limite e estão comigo. Obrigado por isso, obrigado por fazerem deste presente algo bom, algo que sinto que vai ser para o futuro.
E neste presente estava adormecido outra vez, na monotonia do tempo e da vida, a pensar o quão bem estava... Até que apareces ao fim de 3 anos sem te ver, ao fim de um ano em que vivemos talvez o amor mais intenso da minha vida, onde te amei e me amas-te como ninguem mais o fez. Apareceste talvez como sinal que o passado não pode ser deixado para trás nunca, fizeste-me tremer, corar e ficar pálido com a tua presença. Actuei de forma estupida eu sei. Dirigi-me a ti como se fosse dizer olá ao meu passado e falamos, e quando olhei para ti pensei "continuas igual", estás igual, será fui eu o unico que mudei?  Eram tão bons esses tempos, eram tão amados, eram tão felizes. Para mim não havi mais ninguem, só tu e eu. Tudo acabou por mim culpa eu sei, afastei-me de vez também o sei, mas um dia vais desculpar-me eu sei. Sim passado voltaste depois deste reboliço todo, porquê? não bastava o mesmo regresso num dia? duas vezeS? uma mais intensa que a outra? não sei, se calhar não te superei como devia, nem te pus para trás como devia. Não me atormentes mais, deixa-me seguir, deixa-me ser feliz, deixa-me voltar ao presente sem ti, pedia-te isso, só isso. Depois vieste outra vez pela terceira vez! E uma das pessoas que mais igual a mim é, apareceu e na inocência da sua voz que eu tanto gostava de ouvir nas manhãs que mais deprimido estava, chamaste-me pelo novo e a chama reacendeu, voltei a sorrir. Olhei para os teus olhos e vi as saudades que tinhas minhas, a beleza que te tornas-te e vi que a amizade afinal está lá, sem tempo nem interessa. Referimo-nos um ao outro em você, e tenho tantas saudades daqueles passeios em que o teu braço fazia mais que toda a gente do mundo, em que juntos partilhavamos os nossos sonhos, o nosso futuro. E quem diria que eu iria para o mesmo sitio? e que para o ano iriamos estar no mesmo sitio? foste o passado com cheiro a futuro, foste os meus sonhos passados e transportaste-os para o agora. Sim passado fizes-te voltar aquela chama à terceira vez... E voltei ao presente, aí continuei, e aí continuo. Voltei ao sitio no qual estive os ultimos tempos e sempre contigo no pensamento. Mas o que realmente me pergunto é se esta viagem que deveria ter sido uma ida ao futuro, não acabou como um regresso ao passado?

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Limito-me a ouvir

Pedi, tentei, insisti, não resultou. Nunca resulta, nunca posso fazer isso, nunca mais vou ter a oportunidade para isto. São cabeças duras e influenciados pelos estereótipos da sociedade e importam-se demasiado com o que os outros pensam em vez de com o que realmente importa, ai e "se" e depois imagina "que". Eu não quero saber disso, não aspiro ser um produto fabricado pela sociedade mas sim algo próprio com valor e diferente. Posso continuar a insistir mas não vai dar em nada, assim e como sempre. Estou farto desta prisão, destas regras estúpidas e destes mandamentos pelos quais a sociedade se rege! Queria poder fazer aquilo, mas não posso, ou era agora ou nunca. Obrigado por me terem dado a possibilidade de não o fazer e obrigado acima de tudo por mostrarem que não apoiam quaisquer que sejam as minhas escolhas se estas não foram em conta com os vossos ideais. Esses ideais não me identifico mais, e cada vez se tornam mais repugnantes à medida que tentam inseri-los em mim, não sou um robot não vivo de ordens e não sou programado para uma coisa e um prolongamento daquilo daquilo que vocês são. Nada é assim, como se fosse possível programar um ser humano, lamento não é. Estou farto já disto fazem com que cresça esta chama que se acende e me faz continuar. Não façam mais nada, não preciso, cheguei ao fim, cansei, e sim por mim chega, vai tudo mudar, aceito e vou respeitar, mas num futuro não se arrependam do que fazem agora, porque eu vou calar por enquanto mas quando não for um dependente, talvez não volte mais, porque por vezes uma pequena acção  traz muitas coisas mais com ela envolvida.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Quarteto


Aqui estávamos nós, felizes, unidos, nada nos separava, era tudo, era pura amizade que todos os dia havia algo novo, algo mágico, que nos fazia mais unidos que no dia anterior, que me fazia dizer quero mais momentos, quero que estejam na minha vida sempre, que me fazia sentir bem, sentir integrado, completo, apoiado e acima de tudo feliz. Vocês faziam-me feliz. Éramos 4, éramos o Quarteto quase Fantástico, eramos 4 pessoas imperfeitas que juntas faziam algo perfeito, ao menos achavamos nós. Era tudo como uma amizade inquebrável onde estávamos sempre juntos e partilhávamos tudo, era algo como nunca tinha tido, mas era tão bom, era tão forte. Éramos tão nós, em que eu era eu mesmo, acho que tenho saudades desse Eu que era com vocês. Hoje dei por mim a vasculhar umas fotos e encontrei esta e um texto, em que na altura dizia "nunca nos íamos separar" NUNCA e achava que uma amizade tão forte não se iria destronar. Mas é verdade as gargalhadas intermináveis, as nossas "cenas" rebeldes, os nossos almoços, o senhor, a união. Foram coisas que pararam em 2010, foi com vocês que aprendi e que passei uma das fases mais importantes da minha vida. Mas agora que olho para trás custa-me tanto ver que vocês já não são presente, são passado já não existem no agora. Parece um sonho ter achado que a distância não nos ia separar e que iríamos ser o grupo que éramos embora não estivéssemos sempre juntos, afinal enganei-me, afinal o meu pai tinha razão "Há medida que o tempo vai passando as pessoas antigas vão sendo substituídas", eu não queria acreditar porque achava que as coisas verdadeiras iam durar, que a distância era só um "se", nada mais. Mas no fim de contas ele tinha razão, porque a minha realidade mudou, eu mudei, vocês mudaram, a amizade mudou, o grupo mudou e o fim acabou por chegar.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Para sempre?

Disseram-me uma vez "tenho muita sorte em te ter comigo", disseram-me a segunda vez, a terceira, a quarta, a quinta... E assim em diante, e cada vez que me disseram, a pessoa que me disse eu achava que era a certa, a escolhida, a com quem achava que era de vez, que pelo menos ia ser por um mais tempo que a anterior. Cheguei ao ponto de não imaginar a minha vida sem essa pessoa que me disse que tinha sorte nisso, de sofrer de uma dependência tal que não seria igual a minha vida sem ela. Entrei assim num escuro, num sofrimento e fui procurar luz, um único fósforo que existisse algo que me desse esperança para seguir, para ter coragem, para andar em frente sem olhar para trás. Aí reapareces-te outra vez, e disseste o mesmo, que era para a vida, que era de vez. Mas eu quis continuar fechado, quis não torcer o braço, quis ser eu, quis ser orgulhoso, quis ser forte. Fiz isso, doeu tanto, custou tanto, a primeira era diferente era para sempre, a segunda era cativante era para sempre, a terceira era melhor amiga era para sempre, a terceira era de vez e não foi de vez, nenhuma foi de vez. Era tudo para sempre, mas afinal nada dura mesmo para sempre, o amor não existe, não consigo mais. Talvez venha a "infinito" e pela primeira vez nao sinta que é para sempre, mas sim que é para agora e aí talvez com agora e mais agora, se torne sempre.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Deserto vs Compartimentos

Tento definir-me, escrever-me, dizer-me o que sou, como sou e aonde estou. Uma vez perguntaram-me como és? E eu não soube responder, não surgiu uma resposta imediata, nem pontos soltos de mim em que pudesse dizer sim sou isto ou aquilo, não, um deserto encontrei. Andei sem respostas e cada passo, mais doía, mais custava, mais me fazia pensar que se calhar era isso mesmo, um deserto, sem nada, um vazio sem igual, uma paisagem monótona, um indefinido que procura nas areias secas algo de diferente para se refrescar e poder dizer que sim sou existencial. Mas foi aí que pus a hipotese de talvez não ser um deserto de todo, mas um ser complexo, com vários compartimentos por descobrir e em que todos os dias um desses compartimentos que ganha vida e se sobrepõe ao outro, e talvez cada dia, cada semana, cada mês, exista um pouco um novo eu. Em que cada parte de mim se revela com mais intensidade e me faz viver e agir de forma diferente, pensar e esmiuçar tudo de forma estranha. Chego a este momento de transição de "compartimentos" e pergunto-me será que não encontrei finalmente uma parte de mim com a qual seja feliz? ou andarei sempre em busca da que melhor se enquadrar? Espero que em breve isso chegue, espero que em breve saiba, espero que em breve não seja nem um deserto nem um monte de compartimentos, mas sim um eu completo e feliz.

Igual

Chego sempre a este momento, depois de viver, sentir, rir, olhar para tudo e ver que tudo é perfeito, colorido, que tudo brilha de outra forma, que tudo entra e tem um sabor especial, que me cativa e me faz olhar para tudo e esperar algo melhor, um futuro melhor, aprender mais, falar e conhecer algo mais e melhor, mostrar talvez o meu melhor lado. Chega sempre ESTA FASE! Esta que quero que acabe, onde sinto falta de algo, sinto-me vazio e pesado. Sinto que já não consigo ser como antes e cada vez me retraio mais e me afasto de tudo o que me faz bem, sinto as coisas 3 vezes mais e entro numa espiral negativa. Será assim sempre? Será que uma boa fase não se pode prolongar um pouco mais?

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Contas

Acredito numa soma de diferentes acções que poderam levar a um resultado mais ou menos esperado, mais ou menos melhor. Acredito nisso e sinto que se multiplicar as coisas boas por mil e dividir as más pelo mesmo, vou encontrar a felicidade. Acredito nisso mas só por momentos, em sonhos, numa realidade imaginada, num mundo irreal. Gostava de trazer essa fórmula para a minha vida real para o meu quotidiano, em que tudo fosse tão simples como uma conta de matemática em que tudo fosse facil como elevar uma qualidade a infinito, e fazer com que a minha vida fosse uma exponencial e crescesse a felicidade tão rápido conforme ia aumentando o seu expoente. Gostava que assim fosse, gostava que assim atingisse o que procuro e que eliminasse o que no final me atormenta e resolvesse o enunciado, o meu problema.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Ciclo

Usar? não o fizeste comigo, se calhar deixei as coisas chegarem a um ponto que já deveria saber que me ia fazer mal, que me ia levar abaixo e me ia fazer procurar coisas para me preencher. Não, não e não. Não quero voltar a passar por aquilo que passei, entrar na escuridão e não ver um ponto de luz ao fundo, olhar para tudo e ao mesmo tempo nao ver nada, rir e ao mesmo tempo eu pensar o quão feliz era ao teu lado. Talvez nunca soube que o era realmente, mas sim, foste tu, foste tu que me fizeste feliz, que me fizeste querer mais e sentir coisas que nunca senti. E tenho pena que só me tenha apercebido quando te perdi. Foi culpa minha, assim como é sempre, não quero, ignoro, desprezo, mas sempre estiveste lá e sempre lutas-te por uma coisa que nunca valorizei o "nós". E depois sabendo do mal que estava a fazer a mim mesmo, continuei, continuei e continuei. E sim fui ao fundo e sim não vi saída, fiz merda eu sei, mas sobrevivi e finalmente a luz chegou, como que um milagre e uma nova força entrou sobre mim, fez-me acreditar e ser feliz. Feliz comigo mesmo e sem mais ninguem, assim quero ser, já me despeguei deste passado. Mas será que estás assim tão presente no Agora?

sábado, 21 de janeiro de 2012

Não

Não não sei, não sei o que vai acontecer o que está a acontecer e muito menos o que acontecerá. Se calhar vivo a tentar evitar o que não quero que aconteça. Não luto, não correspondo, limito-me a ir, a ser algo que por vezes não sou ou algo que os outros querem que seja. Por vezes gostava de responder a uma simples pergunta "o que queres?" e poder responder sem exitação. Mas a indecisão está sempre presente, não me deixa avançar, alcançar algo que queira, consome-me assim como esta busca pelo que acontecerá e pelo que no fundo quero.